15 outubro 2007

A convalescença da combalida...


O dia-a-dia não tem qualquer sentido quando, logo pelo raiar da manhã (lá para as 9h30...ou 10h... também pode ser só lá para as 10h30...) não temos para nos receber, na entrada do nosso jovial e alegre (ou não!) local de trabalho, a nossa "sempre" presente COMBALIDA! (Que é como quem diz: é raro o dia em que a vemos...mas, adiante.)

É que o dia já nem é igual...Quem mais é que consegue ter tantas doenças?! Ter tantos motivos para estar com uma baixazita inofensiva!?

O guia da saúde tem tantas doenças que era um verdadeiro sacrilégio não dar uso a tão douto conhecimento... Por quem sois... Venham de lá essas maleitas.

Sim, porque aquele corpinho não foi feito para outra coisa... Ora uma artrite, ora uma dor de cabeça (apesar de o guia da saúde lhe chamar cefaleia, temos de manter as coisas simples...), ora uma gripe, ora uma miopia... Poderia passar a noite inteira nisto... Certamente que a senhora me ganhava. Eu ainda tenho pouca prática nestas andanças. Afinal de contas, eu ainda sou uma jovem...

Ainda tenho muitos anos pela frente até conseguir imitar todos aqueles sintomas, aquele cansaço crónico, o arrastar das pernas, o deixar cair a cabeça...

Mas, tenho de me render às evidências: ela quer melhorar e faz tudo para isso: além das muitas idas ao médico, eu bem vejo a ginástica que ela faz aos dedos sempre que marca algum nº de telefone!

Ou quando sobe ao rés-do-chão (sim, nós trabalhamos nas masmorras e temos grilhões!), exercita as pernas até ao elevador...mas é por uma boa causa: vai exercitar um outro músculo que lhe faz muito mais falta: a língua!

Sem ela, não pode telefonar a dizer que está doente!!!

Temos de apreciar o esforço e dizer alto e em bom "som":


E viva a Combéééélida! que a leva bem vivida!


10 outubro 2007

Comer... comer... comer


A culinária portuguesa tem muito que se lhe diga! Temos pratos tão requintados como... pezinhos de coentrada. Há pratos que por vezes suscitam duvidas a quem os consome, mais propriamente, de que são feitos o raio dos pratos???


Passamos a exemplificar:


Começemos com um clássico: farinheira. Ora está à vista que esta iguaria gastronómica é feita à base de farinha.


Segue-se, ainda na família dos enchidos, a morcela. Ora este nobre enchido, como o próprio nome indica é feito à fase de morças.


Ainda nos enchidos, temos o regional maranho. Sem sombra de dúvidas, confeccionado com os mais excelsos maranhões... uma espécie da família dos gambuzinos (não perguntem como são, porque até hoje foram poucos os afortunados que os viram).


Passando dos enchidos a outros pratos, temos o arroz de cabidela. Ora não há dúvidas nem pode haver que este prato é feito com carne de cadelas mortas à paulada com um cabide na tola... daí cabi-delas.


Outro prato tradicional é o sarrapatel, um prato feito à base de... sarrapatos... um tipo de patos com sarna que só se encontram nas encostas verdejantes do alentejo.


Não podemos nunca, jamais, em tempo algum, esquecer da mioleira que, como o próprio nome parece dizer, é feita à base de miolos de padeira...(nem se percebe onde poderia estar a dúvida!)




E a chanfana? quem é que nunca ouviu falar dela????? É uma coisa fabulosa... aquelas ganfanas de molho...atiradas de chofre para o tacho...que maravilha! Ele não há nada melhor.


Temos ainda na parte das sobremesas os ovos moles. Este doce tão conhecido é confeccionado com testículos de galo açucarados com forma oval como manda a tradição... e amarelinhos.



Ou a muito conhecida enxovalhada, aquele doce de sra. lá do bairro que os putos não param de chatear...



E porque não as farófias, esse fabuloso doce feito à base de basófias demolhadas em leitinho quente?



Ahhh, e os papos de anjo? Isso é que é. Anjos velhos e gordos, a cairem-lhes as penas e, mesmo assim, a produzir intensamente umas grandes papadas só para o nosso belo deleite... (vocês nem imaginam o que eles têm de comer para que lhes cresçam as papadas, mas é melhor assim...)



O bolo guloso negra maluca tem como base uma preta doida que é apanhada no autocarro 50, cortada aos bocadinhos, deixada a secar ao sol e depois confeccionada em lume brando para libertar os sabores.




E já que chegamos aos bolos...fica sempre bem falar do bolo podre. Composto, como o próprio nome indica, dos mais variados ingredientes...mas podres!




Um grande bem haja à cozinha portuguesa que tanto nos faz crescer água na boca... e quilos na balança!