
Os homens são como as cerejas... há quem o diga. Estão enganados. Os homens são como os pêssegos. Há pêssegos de todas as formas e feitios, para todos os gostos, para agradar a gregos e troianos:
Há homens como pêssegos carecas, peladitos, escorregadiços, crentes de que é a testosterona em demasia a explicação para tal queda capilar. Ora... nem por isso! Não se iludam.
Há homens como pêssegos peludos, aveludados, agradáveis ao toque, macios e frutados, ideais para aquecer no inverno. Mas sem exageros como a manta do Tony Ramos.
Há homens como pêssegos de roer, carnudos, rijinhos, que dão vontade de chiscar pela noite dentro.
Há homens como pêssegos que largam o caroço, generosos, que não têm medo de gastar o pilim, estes costumam ser mais feiosos, mas são os mais apetecidos. Estes aproveita-se tudo até ao caroço.
Há homens como pêssegos maduros, sumarentos, que se desfazem ao toque, que só largam molho. São os mais doces, mas em demasia deixam as mãos peganhentas... blhaccc.
Há homens como pêssegos grandes e vistosos, apetitosos e perfumados e quando se lhe tira a pele... porra mais valia tar quieta! É só fogo de vista, muita hormona de crescimento, muita parra para pouca uva, se é que me entendem. Não sabem a nada, não cheiram a nada, é só tamanho e pouco prazer.
Há os homens como pêssegos enganadores, com buraquitos pequenos e que guardam verdadeiras bichas solitárias no interior.
E depois há aqueles que têm a mania das grandezas, que têm a mania que são diferentes e querem que lhes chamem nectarinas. A merda é a mesma, o nome é que é diferente. Modernices!
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