19 dezembro 2007

Epítetos e afins...


Muito tempo depois, quando já nada fazia prever que estes seres ainda respiravam, cá estamos nós!

Confesso que o tema não é dos melhores, mas uma vez por outra, é preciso dar a conhecer quem nós somos. Uma vez que a nossa visão pode ser um pouco facciosa, aqui fica a visão de quem tão bem nos conhece: as nossas adoradas, queridas, mais que tudo: as nossas chefinhas!

De acordo com estes "fabulosos" (fenomenais, lindos e muitos outros nomes deste género!) seres, nós somos, e passo a citar:

DOMÉSTICAS (deve ser por andarmos muitas vezes de calças arregaçadas!)

INCOMPETENTES (apesar de sermos o laboratório em que as amostras são analisadas no dia em que chegam!)

INSOLENTES (quando resmungamos por alguém de outro departamento vir vasculhar no nosso armário! Perfeitamente normal, ora essa!)

DESAVERGONHADAS (porque esperamos que as outras pessoas sejam capazes de limpar o seu laboratório tal como nós limpamos o nosso? E esperamos que o façam sózinhas, tal como nós?)

IDIOTAS (sempre que não sabemos onde ELAS guardam as coisas?)

POUCO PROFISSIONAIS (só porque gostamos de tomar decisões baseadas em factos e procuramos a informação necessária???? Ou será porque não lambemos o chão que elas pisam????)

e, a melhor de todas: LAXISTAS (quase que precisava de um dicionário para perceber este mimo!).
Ainda se nos chamassem LANCHISTAS... até percebia. Afinal de contas, nós lanchamos todos os dias! Agora, laxistas... Estranho...

Depois, há sempre aqueles que não querem ficar atrás e que dizem que nós somos ELITISTAS, porque eles têm contas para pagar (como qualquer mortal que se preze) e recusam ir aos almoços de Natal, mas não se lembram de o ter dito. É EVIDENTE que a culpa é toda NOSSA!

Afinal de contas, nós ainda podemos dar uma ajudinha e juntar mais uns epítetos:

ESTÚPIDAS (só alguém muito estúpido é que ouve estas coisas e fica calado)

ENERGÚMENAS (é a única maneira de justificar porque é que continuamos a trabalhar em tal sítio)

OTÁRIAS (que vamos para casa a remoer nestas coisas)

PARVAS (que damos cabo da saúde e ainda ouvimos estes agradecimentos).

Amanhã, caros seres fabulosos, quando a "adorada instituição" que nos serve de local de trabalho estiver cheia de água dos esgotos, sempre quero ver se não vão chamar novamente as DOMÉSTICAS lá do sítio...
Porque... Afinal de contas, vocês não sabem o que fazer connosco, mas NÃO SABEM PASSAR SEM NÓS!

22 novembro 2007

As fazedoras de bolsas


Existe uma profissão à beira da extinção, uma profissão nobre e cheia de tradições: as fazedoras de bolsas!

São mulheres de classe... doméstica, que labutam diariamente em edifícios fortificados, nas caves, como aquelas toupeiras meio despidas e ceguetas... mas com grilhões. São mulheres de riso fácil, bonacheironas, que discutem entre si a melhor marca de detergente pra tirar a nódoa de laranja da camisa do esposo e as mezinhas para curar a gripe, do género: "água ardente com açúcar, deita-le fogo e pimba! É só bubere que o bicho morre logo!"

São travalhadeiras, desenrascadas, cozem bem as bolsas e até são capazes de, uma vez por outra, dar largas à imaginação e fazer uma mala!! Fazem-nas de todo o tipo: rectangulares, quadradas, com fecho, com velcro, em couro, de plástico e agora aquelas todas esquisitas feitas com sacos de café.

São senhoras de baixa manutenção, dado que não comem, não bebem, nem... bem cagar até cagam... sei de fonte segura ;)

Algumas usam bibe, outras avental e, algumas há que até usam rolos no cabelo! Doidas!

É verdade, vamos apoiar as bolseiras, as fazedoras de bolsas, garantir que esta nobre ocupação não caia em desuso e desapareça para sempre do panorama nacional!

15 outubro 2007

A convalescença da combalida...


O dia-a-dia não tem qualquer sentido quando, logo pelo raiar da manhã (lá para as 9h30...ou 10h... também pode ser só lá para as 10h30...) não temos para nos receber, na entrada do nosso jovial e alegre (ou não!) local de trabalho, a nossa "sempre" presente COMBALIDA! (Que é como quem diz: é raro o dia em que a vemos...mas, adiante.)

É que o dia já nem é igual...Quem mais é que consegue ter tantas doenças?! Ter tantos motivos para estar com uma baixazita inofensiva!?

O guia da saúde tem tantas doenças que era um verdadeiro sacrilégio não dar uso a tão douto conhecimento... Por quem sois... Venham de lá essas maleitas.

Sim, porque aquele corpinho não foi feito para outra coisa... Ora uma artrite, ora uma dor de cabeça (apesar de o guia da saúde lhe chamar cefaleia, temos de manter as coisas simples...), ora uma gripe, ora uma miopia... Poderia passar a noite inteira nisto... Certamente que a senhora me ganhava. Eu ainda tenho pouca prática nestas andanças. Afinal de contas, eu ainda sou uma jovem...

Ainda tenho muitos anos pela frente até conseguir imitar todos aqueles sintomas, aquele cansaço crónico, o arrastar das pernas, o deixar cair a cabeça...

Mas, tenho de me render às evidências: ela quer melhorar e faz tudo para isso: além das muitas idas ao médico, eu bem vejo a ginástica que ela faz aos dedos sempre que marca algum nº de telefone!

Ou quando sobe ao rés-do-chão (sim, nós trabalhamos nas masmorras e temos grilhões!), exercita as pernas até ao elevador...mas é por uma boa causa: vai exercitar um outro músculo que lhe faz muito mais falta: a língua!

Sem ela, não pode telefonar a dizer que está doente!!!

Temos de apreciar o esforço e dizer alto e em bom "som":


E viva a Combéééélida! que a leva bem vivida!


10 outubro 2007

Comer... comer... comer


A culinária portuguesa tem muito que se lhe diga! Temos pratos tão requintados como... pezinhos de coentrada. Há pratos que por vezes suscitam duvidas a quem os consome, mais propriamente, de que são feitos o raio dos pratos???


Passamos a exemplificar:


Começemos com um clássico: farinheira. Ora está à vista que esta iguaria gastronómica é feita à base de farinha.


Segue-se, ainda na família dos enchidos, a morcela. Ora este nobre enchido, como o próprio nome indica é feito à fase de morças.


Ainda nos enchidos, temos o regional maranho. Sem sombra de dúvidas, confeccionado com os mais excelsos maranhões... uma espécie da família dos gambuzinos (não perguntem como são, porque até hoje foram poucos os afortunados que os viram).


Passando dos enchidos a outros pratos, temos o arroz de cabidela. Ora não há dúvidas nem pode haver que este prato é feito com carne de cadelas mortas à paulada com um cabide na tola... daí cabi-delas.


Outro prato tradicional é o sarrapatel, um prato feito à base de... sarrapatos... um tipo de patos com sarna que só se encontram nas encostas verdejantes do alentejo.


Não podemos nunca, jamais, em tempo algum, esquecer da mioleira que, como o próprio nome parece dizer, é feita à base de miolos de padeira...(nem se percebe onde poderia estar a dúvida!)




E a chanfana? quem é que nunca ouviu falar dela????? É uma coisa fabulosa... aquelas ganfanas de molho...atiradas de chofre para o tacho...que maravilha! Ele não há nada melhor.


Temos ainda na parte das sobremesas os ovos moles. Este doce tão conhecido é confeccionado com testículos de galo açucarados com forma oval como manda a tradição... e amarelinhos.



Ou a muito conhecida enxovalhada, aquele doce de sra. lá do bairro que os putos não param de chatear...



E porque não as farófias, esse fabuloso doce feito à base de basófias demolhadas em leitinho quente?



Ahhh, e os papos de anjo? Isso é que é. Anjos velhos e gordos, a cairem-lhes as penas e, mesmo assim, a produzir intensamente umas grandes papadas só para o nosso belo deleite... (vocês nem imaginam o que eles têm de comer para que lhes cresçam as papadas, mas é melhor assim...)



O bolo guloso negra maluca tem como base uma preta doida que é apanhada no autocarro 50, cortada aos bocadinhos, deixada a secar ao sol e depois confeccionada em lume brando para libertar os sabores.




E já que chegamos aos bolos...fica sempre bem falar do bolo podre. Composto, como o próprio nome indica, dos mais variados ingredientes...mas podres!




Um grande bem haja à cozinha portuguesa que tanto nos faz crescer água na boca... e quilos na balança!

26 setembro 2007

Pito Day Parte II


Em resposta a inumeros pedidos de fãs do PITO aqui fica a lista de filmes adaptados, na esperança de que sirva de inspiração a quem ler:


. E tudo o PITO levou (ganda pito!)

. Quem tramou o PITO? (quem foi, heim?)

. PITOS indomáveis (quando eles andem por aí, ninguém os segura)

. A guerra dos PITOS (lá diz o ditado "entre pitos não se mete a colher")

. PITO mecânico (é da familia do pito tunning)

. PITO fundo (filme pseudo-erótico)

. PITO em telhado de zinco quente (deve queimar o coitadito... mas fica a pergunta: que estava a fazer o raio do pito no telhado?)

. Quo PITO (até consigo imaginar a cena apoteótica do Nero a tocar a sua harpa enquanto observa o pito em chamas)

. Os sete PITOS mortais (uiiiiii)


Bem fiquemo-nos por aqui e espero que agora quem ler esta lista se sinta tentado a acrescentar mais filmes...

20 setembro 2007

Pito Day


Hoje foi o dia do pito e decidimos por isso dar-lhe um nome honroso e que fizesse juz à sua importância: O Pito Day.

Durante o repasto surgiu-nos a ideia de adaptar os provérbios populares portugueses ao Pito, dado que a sociedade está em falta para com ele. Aqui ficam para escrutinio de quem quiser:

A açorda faz o PITO gordo (é do conhecimento geral que o pão é rico em hidratos de carbono, responsáveis pelo aumento do peso do pito)

A PITO dado não se olha o dente (nunca devemos menosprezar o pito que nos é dado com boa intenção)
O PITO é o melhor tempero (conhecem alguma coisa que não fique bem acompanhada de um pito?)

O PITO proibido é o mais apetecido (quando dizem "não toques naquele pito" é quando dá mais vontade de mexer!)

O PITO faz sair o lobo do mato (se o capuchinho vermelho soubesse disso!!!!)

O PITO da minha vizinha é sempre melhor que o meu (permitam-nos discordar, pois para nós o nosso pito é sempre o melhor! Ora essa!)

Água mole em PITO duro tanto dá até que fura (por isso se aconselha a pôr o pito de molho para desencrustar)

PITOS passados não movem moínhos (toda a gente sabe que o que faz mover os moínhos ou é o vento ou a água!)

Albarda-se o PITO à vontade do dono (o pito é versátil, dá para arranjar à vontade do dono)

O PITO é o pior de todos os males (aqui cai-se no exagero, mas cá entre nós, não há nada pior que um pito mal depenado e mal lavado)

O PITO de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite mata (cabrão do pito!)

PITO não empata amigo (desde que não esteja mesmo à frente e não deixe passar!)

PITO com PITO se paga (isto é uma questão filosófica por si só... e não sei se não será também um perigo para a saúde pública)
Ao PITO e à mulher nunca falta que fazer (deixemos que os especialistas comentem)

O PITO sujo lava-se em casa (enche-se o bidé e faz-se um chape-chapezinho e de vez em quando uma mangueirada só para refrescar)

A pensar morreu um PITO ( o pito não foi feito para pensar, o pito foi feito para... para... pitar)

PITO cheio, cara alegre (um pito consoladito é uma alegria)

PITO velho não aprende línguas (e já agora, nem o novo. O pito tal como não foi feito para pensar, também não foi feito para falar)

Cada PITO cada minhoca (bem, há por aí muito pito que não tem minhoca, essa é que é essa)

PITO que vai à frente alumia duas vezes (é o chamado "pito tunning", é versão moderna do pito, com ailerons e luzes dianteiras coloridas)

Com PITO não se apanham moscas (embora existe uma colega nossa que consegue imaginar isso)

Depois do PITO vem a bonança (e o que estará antes do pito?)

Em casa de ferreiro, PITO de pau (os senhores ferreiros não brincam em serviço)

Em PITO fechado não entra mosquito (senso comum)

Fia-te no PITO e não corras ("se fugir o pito pega, se pegar o pito come", já dizia a cantiga)

Enquanto há PITO há esperança (Amén)

Enquanto o PITO vai e vem folgam as costas (ainda não percebemos esta, mas tem piada)

PITO escaldado de água fria tem medo (o chape-chapezinho deve ser feito ou com água morninha ou com água fria. Convem experimentar a água antes de pôr o pito de molho)

PITOS não se discutem (ahhh pois não bebé)

Guardado está o PITO para quem o há de comer (não há cá ramboias tresloucadas, é tudo na maior decência)

PITO prevenido vale por dois (como tudo na vida: a dobrar é que é bom)

Não se malha em PITO frio (claro que não! Dahhh!! Preliminares primeiro!)

Não há PITO como o primeiro (o primeiro pito fica sempre escarrapachado na alembradura)

No PITO é que está a virtude (sabedoria popular)

Nem só de PITO vive o homem (há aqueles que não sabem apreciar um bom pito... preferem outros pitéus)

PITO não dá a felicidade, mas ajuda muito (Ora se ajuda!)

O PITO morreu de velho (paz à sua alma)

18 setembro 2007

A iluminada


Nunca ficaram com a sensação de que quando nos ausentamos as coisas boas têm uma séria tendência para acontecerem sem a nossa presença?

A semana que corre teve uma abertura triunfal com um chão desencardido e embolhado (vem do latim “com bolhecas”), seguida de um cabeção doidão aos gritos e uma niga maluca possessa! Fogo!
Uma chefe tresloucada é mesmo uma cena digna de ser vista e pena temos de não ter apreciado o olhar incrédulo quando se deparou com o dilúvio laboratorial he he… queria ela ser o Moisés para partir aquelas águas… ou partir a cabeça da iluminada!
Melhor ainda deve ter sido aquela pobre procurar papel para absorver a águita… ó mulher uma esfregona e um balde… yahh??? E os sapatos estragados… cá entre nós a iluminada fez um favor à humanidade ao destruir para todo o sempre as ferraduras da criatura que de certo nada deviam ao bom gosto e fashion style.
Ahhh quando a pessoa se ausenta o céu desaba em dilúvio e quase afoga a besta… pena não ter afogado mesmo (desabafo).
Resta-nos a pena de não a ter visto de rabiosque para o ar na célebre posição que conduziu a Alemanha à derrota, os caracóis caídos, os óculos a desafiar a lei da gravidade, os sapatos manhosos a tornarem-se pesados com a água e a mudarem de cor e o papel empapado no chão.
Uiiiii…. Momento uiiii
20 valores para a iluminada… Hip Hip Hurra!

06 setembro 2007

A mulher do traque


Conhecem a empresa de cobranças "O Homem do fraque"? É uma empresa especializada em cobrar dívidas difíceis fazendo-se valer da humilhação pública do caloteiro, sem nunca recorrer à violência ou ameaças. Anda um senhor vestido de fraque a seguir o devedor para todo o lado, em todas as situações, até este ter vergonha e pagar a dívida.

Como a vida está difícil para todos e esta vida de bolseiro, embora seja uma vida carregadita de privilégios, achamos por bem pensar no futuro e enveredar por outra área que nos ofereça mais estabilidade. Decidimos criar a nossa própria empresa de cobranças... "A mulher do traque"!!!


Missão da empresa: tornar realidade a cobrança de dívidas dos nossos cliente sem recorrer a actos de violência desnecessários e penosos para ambas as partes. Apresentamos soluções simples e rápidas, com um nível de eficácia acima da média.


Visão: mais do que visão, a nossa empresa tem olfacto. Pretendemos atingir uma quota de mercado que veja (ou cheire) no traque a arte de tornar simples as cobranças difíceis.


Seremos uma empresa que apostará em pessoal qualificado para o trabalho, equipas coesas de peidorrentos, indíviduos com espírito de sacrifício, que aguentem o cheiro do próprio traque e dos colegas. Dá-se preferência a pessoas com experiência na área de peidar, que tenham realizado estágios profissionais e que tenham qualificações compatíveis.


O nosso agente estará vestido com um casaco-aba-de-grilo, camisa branca, laço negro, mini-saia, meias de rede, salto agulha e chapéu alto. Terá como função seguir o devedor para todo o lado e largar bufas e peidos à discrição em todos os locais e situações necessários. Só terá uma intervenção oral com o devedor se a situação assim o exigir e poderá fazer uso das seguintes frases de persuasão:


"Ou largas a bufunfa ou levas com a bufa!"

"Paga e cheira"

"Toma lá que é para aprenderes"

"Se pensavas que este peido ruidoso era mau, espera até eu largar o de pantufas"

"Hoje comi feijoada ao almoço... pagas para cheirar?"

" Onde você estiver, está lá!"

"Sou castanha? Cheiro mal? Já tinha dito que tenho o esfincter relaxado?"

Garantimos a satisfação plena dos nossos clientes e apostamos em alimentação de qualidade, rica em feijões, favas, ervilhas e castanhas para produzir os melhores peidos....

A MULHER DO TRAQUE... uma empresa com futuro






A B C do Mono!

Diz o dicionário na sua extensa sabedoria que mono é:

do Turc. maimun, macaco, s. m., macaco; símio; bugio; indivíduo feio e estúpido; mercadoria que não tem venda; manipanço; boneco de trapos; adj., relativo a macaco; desgracioso; pouco falador; sensaborão; macambúzio; prov., que não tem chifres.

E não é que tem toda a razão??!!! Ainda dizem que a língua portuguesa é traiçoeira! Está uma definição perfeita! Quem a escreveu certamente conhecia a nossa... digamos... Coisa!

Ainda assim quisemos ir um pouco mais além e desenvolver o nosso A B C do Mono!

A - Arroto. Passava o dia a expulsar ruidosamente, pela boca, gases provenientes da canalização.

B - Burra. Parecia a fêmea de um asno, incapaz de perceber as coisas mais simples.

C - Chata. Era uma barcaça larga e pouco funda, talhada à machadada. Feia como a noite dos trovões.

D - Decilitro."O que é que é isso?????". Aqui fica a informação: é a décima parte do litro. Dahhhhh! Diluições. Nem vale a pena explicar porque nunca entendeu nem vai entender!

E - Estúpida. Faltava-lhe a inteligência, o juízo e o discernimento. Era mesmo um estupor, o raio da Coisa! Emplastro. Depois de colar nunca mais desgrudava.

F - Frio de Angola. Foi a melhor e mais engraçada desculpa que escorreu daquela cabeçorra para não vir trabalhar. Ficou nos anais da história!!!! Fluxograma. " Como é que se faz???"

G - Gorda. Parecia uma saca de batatas atada pelo meio. Um verdadeiro Talego com olhos! Gráficos. "Nunca fiz, não sei fazer, mas sei dizer que os da minha chefe estão mal!"

H- Habilidade para fugir do trabalho! Fugia dele como o diabo da cruz!!!

I - Irra! Mas que mal é que nós fizemos para merecer tal encosto!?

J - Jumenta. Porque nunca é demais chamar-lhe burra.

L - Lesma. Era lenta como o catano, mas mesmo assim ainda dizia que era a mais rápida lá da terra dela!!!

M - Mentirosa. "Ah, e tal, eu sou muçulmana, mas até amanhã se Deus quiser." ou então "Preciso de sair mais cedo para ir comprar as prendas de Natal"!!!

N - "Não tenho dinheiro para ir trabalhar", mas para ir de carro para a faculdade já tinha!!! ou então "Não estou a entender a tua dúvida!" que era a resposta habitual da nossa Picha Mole!

O - Otária. Era mesmo uma grande pacóvia com a mania que era esperta!

P - Perfume estranho que impestava o ar por onde ela passava. Era muito útil para a poder evitar!

Q - Quisto. Aparentava uma estrutura de forma ovóide, mas com um orifício de abertura por onde saíam as maiores barbaridades!

R - Rolhão. Era o que ela precisava na boca para não dizer tanta asneira nem libertar tantos gases!

S - Sarna. Era impertinente e pegajosa, tal e qual como a doença.

T - Termómetro. Aquela coisa que se sacode sem razão aparente. Será um tique nervoso????

U - Ursa Maior. Espera, enganei-me: a Maior Ursa!

V - Vai-te embora que já vais tarde!!! Vai-te e não voltes! Expressões que muitas vezes nos ocorreram na sua presença.
X - Xau. Aquele detergente que faz milagres, mas será que elimina aquela Nódoa ambulante?????

Y - "Ya", a expressão que mais ouvimos da boca do Mono. Letrinhas difíceis de conjugar...Uuuuuuiiiiiiiiiii.

Z - Zum, Zum ,Zum... passava a vida a falar sozinha e ninguém entendia nada do que ela dizia!!!

05 setembro 2007

Hoje sinto-me um pouco...mortiça!


Pensámos, pensámos, pensámos, mas chegamos a uma conclusão:
já sabemos qual é a melhor de todas as desculpas (possíveis e imaginárias!) de que uma pessoa se pode lembrar, quando acorda de manhã, para não ir trabalhar.
Até conseguimos imaginar o diálogo.

Acorda de manhã e diz:
-Ai, sinto-me assim um bocadito fria, até parece que nem me consigo mexer.
Responde o companheiro, colega, amigo, palhaço da vida lá deles, que mais parece um circo (não liguem, isto já é insistência do autor!):
-E não é que estás com má cara???
e agora volta ela:
-Sinto-me assim...parece que esbranquiçada, com um cheiro esquisito, sei lá...mortiça!
-É natural, estás morta!!!!!
-Ah! Se calhar é por isso! Achas que a médica me passa justificação para não ir trabalhar? É a primeira vez que lá vou com estes sintomas?!...
-Não perdes nada em tentar. Passa por lá perto da hora de almoço e logo se vê. Se ela não passar, podes sempre dizer que tiveste uma consulta e que não valia a pena ir ao trabalho porque já era muito tarde. Sabes, como costumas fazer?...
Assim acontece, mas não sem antes avisar as colegas:
-Tou? Olha é só para avisar que eu hoje não vou trabalhar porque estou morta. Podem avisar a chefe??? Ela que não se preocupe que eu, quando for (ao local de trabalho, entenda-se!) levo o atestado. (Sim, porque trabalhar que é bom...)
E as colegas abismadas com a novidade?
-Então, mas se tu estás morta, como é que estás a falar ao telefone????
Resposta pronta e sempre na ponta da língua:
-Só morri um bocadinho, mas isto daqui a uns dias passa! (E ainda, agora em tom indignado):
-Além disso, toda a gente morre, para que é que estás para aí com coisas??? Se não acreditam, posso sempre levar uma certidão de óbito. Passo ali no hospital e peço, não custa nada!
E, para não vos prolongar a leitura que já vai longa, vou resumir as coisas porque o final da história é igual a tantos outros que já conhecemos:
A médica passa a justificação (mas sem horas porque assim dá para o dia inteiro!) para não vir trabalhar nesse dia, o hospital passa a certidão de óbito e, por isso também não vem trabalhar nos 5 dias seguintes! Logicamente tem direito aos dias de luto pela sua própria morte! Quando finalmente vem ao local de trabalho, queixa-se que está muito cansada e precisa de descanso!
A cereja no topo do bolo: "As minhas colegas e as minhas chefes são umas insensíveis que nem sequer me foram ver ao funeral!"

Moral da história: há desculpas melhores que um pêlo encravado no cotovelo... só precisamos puxar pela imaginação!!!

04 setembro 2007

E viva este circo!!!



Seeeeeeeeenhores e Senhoras, Meeeeeeninos e Meninas, Reeeeeeeespeitável público, Venham todos , venham ver, o que neste circo vai acontecer.

Somos um circo à séria, aqui há de tudo:

temos um elefante, robusto, grande, imponente, com uma tromba de fazer inveja aos outros animais;

temos as feras sempre a rosnar, mas não passam de paus mandados à vontade do imponente Ioda, ups...peço perdão, do domador de feras!

Temos o palhaço rico, cheiroso, bem vestido, convencido e sem piléria nenhuma;

temos o palhaço pobre (ou forreta, mas isso já é outra questão) roto, a bambolear-se pelos corredores e sempre a atrapalhar. Só lhe falta mesmo é ter piada!

Temos a contorcionista: deve ser muito difícil com aquela idade ir à casa de banho e acertar na sanita!

Temos o mágico: consegue multiplicar-se e estar em todo o lado ao mesmo tempo, a fazer tudo e mais alguma coisa (ele é latas, ele é histamina, ele é gestor de amostras, e sei lá que mais);

temos a trapezista que com uma ajuda daqui outra dali consegue subir pelas costas de um e de outro e chegar onde quer, ou seja, ao topo do circo (vamos lá ver se este circo não pega fogo e se transforma num torresmo fumegante quando ela lá chegar) ;

para animar a festa e as crianças durante o intervalo, temos a Bonga, de túnica amarelo étnico vinte números acima, com o "cabeção", sempre a dar-nos música.

Temos a equilibrista que tenta segurar tudo, ele é análise sensorial, ele é ensaios químicos, ele é amizades... haja alguém que é fabulosa!

E neste circo não podia faltar aquela que o faz andar, que põe tudo a mexer, o nosso "express mail": a Apresentadora!!!!!!! Sempre a contar as últimas fofocas a quem a queira escutar!

E como qualquer circo que se preze, depois existe toda aquela trupe que ninguém conhece e que ganha uma ninharia, mas que é quem na realidade mantém tudo a funcionar: somos nós, as nigas malucas, as pichas moles, as fofas más e tantas outras que nunca chegarão a conhecer as luzes da ribalta...


Saudações circenses a todos os que nos ajudam diariamente a aturar este circo.


Cock Suckers


Isto é uma cambada de ladrões, de gatunos, de chupistas. Puta que pariu!

Deviam estar todas a levar no bujom como nós que somos enrabados todos os meses.

13.000 aérios... caralho! Vão roubar à puta que os pariu... filhas de um corno velho, enxertado numa bosta!

E depois ainda têm a audácia de nos dar lições de moral, de nos querer ensinar o pai nosso, como se estas cabras, ladras deste governo desgovernado, soubessem o que é gerir um caralho de um ordenado de 700 euros que nem dá para fazer punhetas a grilos!

"O bom bolseiro não pode dar um peido", "o bom bolseiro deve chegar cedo e sair tarde", "o bom bolseiro não reclama... engole", "o bom bolseiro não vai aos pares à casa de banho", "o bom bolseiro não fala com os colegas" e por fim... "o bom bolseiro não vive"....

Esta cambada de vampiros que nos chupam a juventude, que nos sugam a vontade, que nos exploram a alma... podem até magoar, mas não nos vergam, não nos tiram a dignidade.

Podem até fazer compras no El Corte Ingles, podem até viajar pelo mundo, mas não têm as amigas que nós temos, não têm os pais que nós temos, não têm metade do amor, respeito e dedicação que nós recebemos em cada dia desta nossa miserável vida de bolseiras. Neste caso, senhor ministro da república dos cock suckers... somos umas previlegiadas... ah pois é bebé.


03 setembro 2007

Ode à velha carcaça


E tu velha carcaça... (em tom coloquial, entenda-se)... estarás porventura periclitante ou nem por isso?

Ohhh céus, para que serve uma carcaça bolorenta, esfarelada e velha? Essa é a questão, a dúvida existencial que nos assombra o dia-a-dia.

Cada dia acordamos com a esperança de que a carcaça não apareça, que tenha finalmente sucumbido à velhice, às mazelas da idade avançada. Mas contra todas as expectativas e anseios sinceros deste trio, ela aparece... mais velha e bolorenta que no dia anterior. Lá vem ela, um bocadinho mais surda, um bocadinho mais taralhouca, um bocadinho mais mirrada... mas viva o raio da velha! Viva e cheia de vontade de nos moer o juízo.

Conseguimos imaginar o dia em que começará a perder peças... um dia vem sem o braço, noutro é a perna que fica pelo caminho, os dentes perdem-se e os olhos rebolam... mas insiste em aparecer! Aos bocados, mas aparece. E quando tudo o resto perecer e findar, ela cá continuará, com o seu bolor, com a sua velhice ambulante, pois só ela é que não será pó e nada!

31 agosto 2007

Pessegada


Os homens são como as cerejas... há quem o diga. Estão enganados. Os homens são como os pêssegos. Há pêssegos de todas as formas e feitios, para todos os gostos, para agradar a gregos e troianos:

Há homens como pêssegos carecas, peladitos, escorregadiços, crentes de que é a testosterona em demasia a explicação para tal queda capilar. Ora... nem por isso! Não se iludam.

Há homens como pêssegos peludos, aveludados, agradáveis ao toque, macios e frutados, ideais para aquecer no inverno. Mas sem exageros como a manta do Tony Ramos.

Há homens como pêssegos de roer, carnudos, rijinhos, que dão vontade de chiscar pela noite dentro.

Há homens como pêssegos que largam o caroço, generosos, que não têm medo de gastar o pilim, estes costumam ser mais feiosos, mas são os mais apetecidos. Estes aproveita-se tudo até ao caroço.

Há homens como pêssegos maduros, sumarentos, que se desfazem ao toque, que só largam molho. São os mais doces, mas em demasia deixam as mãos peganhentas... blhaccc.

Há homens como pêssegos grandes e vistosos, apetitosos e perfumados e quando se lhe tira a pele... porra mais valia tar quieta! É só fogo de vista, muita hormona de crescimento, muita parra para pouca uva, se é que me entendem. Não sabem a nada, não cheiram a nada, é só tamanho e pouco prazer.

Há os homens como pêssegos enganadores, com buraquitos pequenos e que guardam verdadeiras bichas solitárias no interior.

E depois há aqueles que têm a mania das grandezas, que têm a mania que são diferentes e querem que lhes chamem nectarinas. A merda é a mesma, o nome é que é diferente. Modernices!

foto: http://www.flickr.com/photos/wcampelo

30 agosto 2007

Problemática do problema derivado da questão


Há coisa pior que dispender todo um esforço herculeano, transpirar e sofrer no trono para largar um mísero cagalhoto, que além de mísero, obriga-nos a gastar mais papel que uma cagada de gente à séria? Esta foi a problemática em debate na parte da tarde deste dia de trabalho.
A resposta, para surpresa geral, é SIM!!! Há coisa pior sim senhora!

Pode dar-se o caso, isto no campo da hipótese, de a pessoa chegar a casa com a impressão de que um cheiro merdoso nos persegue já há um bom tempo. Chiça! E depois de ter andado pela casa toda, lembrar-se de ver a sola e reparar que o sapato foi vítima de uma bosta traiçoeira! Isto já é mau! Mas torna-se pior quando se percebe que à medida que passarinhamos pela casa, deixamos um rasto bosteiro por onde passamos! Toca de descalçar, lavar os sapatos, lavar os pés, lavar a casa e finalmente vestir uma roupa mais confortável e sentar no sofá e gozar finalmente do descanso do lar.

Há coisa pior? E mais uma vez a resposta surpreenderá: claro que SIM!!! O pior é depois desta aventura, já sentado no sofá, voltar a sentir que o cheiro merdoso persiste. E aí começamos a questionar a sanidade mental. "É impressão minha?". Voltamos a levantar, a confirmar que a casa está limpa e só nos resta voltar a despir a roupa e reparar com espanto que a roupa interior está cagada! Ora bolas para isto! Toca de despir, toca de lavar, toca de limpar e toca de voltar a vestir. Uffa! Finalmente deitar na caminha e esquecer o malfadado dia!

Há coisa pior? Pois.... moral da história: há sempre uma merda pior para nos lixar o dia!

Conversas de almoço


13:00 em ponto iniciou mais um momento dedicado à arte de "bem encher a mula", que é como quem diz: hora de almoço.

Como meninas bem comportadas que não frequentam tascas e drogarias afins, fomos montar o arraial ao refeitório geriátrico do nosso digno local de trabalho. Todo o momento se reveste de um ritual de estender o pano da loiça bordado pelas mãos hábeis das mãezinhas, aquecer o tareco e dispôr os talheres "devidamente compartimentados".

Aquecido o comer e distribuídos os lugares, começa o fandango. O tema que hoje acompanhou a refeição é todo ele um hino ao bom gosto: cemitérios! Que outro tema seria mais adequado para acompanhar o mastigar sereno deste grupo? Cemitérios! Claro!

Depois de aconselharmos a nossa Fofa de serviço sobre os locais mais adequados para encomendar cortinados bons e a bom preço (entenda-se... baratos) chegamos à conclusão que os melhores cortinados encontram-se todos à porta de cemitérios, excepto, claro está, o da Amadora. E sabem porquê? Não é porque a "Amadora conta!", não, não é por isso, é porque os mortos passam tão pouco tempo lá que não chegam a precisar de cortinados.

Estabelecidos os pressupostos, chegou-se então à conclusão que a melhor vizinhança que se pode ter é a dos cemitérios. Sabem onde há uma vizinhança mesmo calma, silenciosa... mortiça portanto? Sabem? Sabem? Claro que é no cemitério. Imaginem só um jazigo em pedra calcária, pintar-lhe uma faixa azul, fazer um anexo para a garagem, instalar um barbacu para os serões de larica e ficar por ali mesmo a apreciar o sossego. Ahhhh não há vida como a do cemitério! O pior é a Tv Cabo, será que instalam? E já agora, acrescento eu... e a internet? Bem, a puxada da electricidade pode ser clandestina, a água vai-se buscar num baldinho ao repuxo da rua para fazer o xape-xapezinho e o gás pode ser ecológico por aproveitamento dos gases provenientes da decomposição dos vizinhos. Vizinhança boa esta, heim!